domingo, 21 de novembro de 2010

Genejurídico

Tenho uma nova sugestão para vocês: o blog Genejuridíco da minha amiga Bia.
Ela abordou um tema muito similar ao meu(dna firgerprint) com ênfase no âmbito jurídico( ela vai fazer Direito) e eu achei super interessante como nossos textos se complementam!
Se quiser saber mais, só conferindo no blog dela. =)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carreiras - Perito criminal


Uma entrevista, composta por três partes, com Hélio Buchmüller, um Perito Criminal que trabalha com genética forense. Achei interessante postar, pois o vídeo esclarece dúvidas muito freqüentes, sobre a profissão.

Desvende um crime.

A Super Interessante desenvolveu um jogo muito divertido, no qual você é o perito criminal!
Eu, particularmente, adorei o jogo e descobri o responsável pelo crime =)
Joguem e me digam se vocês também conseguiram!
(para jogar é só clicar na imagem abaixo)
jogo virtual

Sugestão

http://www.csimafra.blogspot.com/
Este blog da Professora Rosa Maria Pais, traz um conteúdo muito interessante sobre Ciências Forenses. Pra quem tem interesse na área ou deseja saber um pouco mais sobre o assunto, vale a pena conferir.
   Jogos, vídeos e até um Laboratório Virtual de Extração de DNA:

(para visualizar o aplicativo, clique na imagem acima).

Genética forense: O exame de DNA auxiliando A Investigação Criminal.


       Você provavelmente já deve ter ouvido falar do trabalho do perito criminal. É uma profissão muito difundida atualmente, graças a seriados como CSI, Bones, Dexter, entre tantos outros que divulgam um pouco do dia a dia do profissional forense. É claro que os seriados são um pouco fantasiosos e dramatizados: Não cabe ao perito interrogar os suspeitos e as pericias nem sempre são tão rápidas. Dependendo do tipo e do estado da evidência pode demorar meses até se concluir um laudo pericial.[5]
   Contudo, os seriados têm despertado a atenção das pessoas para esse tipo de profissão, como se fossem um tipo de atrativo. E isto, é claro, está valorizando essa área nova no Brasil, que apesar de possuir inúmeras carências como falta de literaturas em português e falta de cursos e específicos de ciências forenses nas universidades, está se desenvolvendo cada vez mais.
     Tomei um maior conhecimento desta área por meio de um periódico que recebo em casa do conselho regional de química. E foi a partir daí que comecei a me interessar e pesquisar sobre a área forense. E por isso aqui estou eu, pra relacionar a genética com a profissão do perito criminal. Primeiramente, permita-me apresentar o que faz um perito criminal, segundo meus conhecimentos baseados em [3] e [5].
    O trabalho do perito é basicamente coletar e analisar, minuciosamente, vestígios que foram deixados na cena do crime, transformando-os posteriormente em provas concretas que podem condenar ou inocentar o réu, por meio de laudos periciais. Existem dois Tipos de peritos: Os de campo que coletam as evidências no local do crime e os de laboratório que analisam os vestígios.

E entre tantos vestígios deixados no local do crime estão os vestígios biológicos, que podem identificar, através da coleta, análise e comparação a quem pertence o DNA extraído da cena do crime. “Devido ao fato das pessoas terem uma seqüência de nucleotídeos diferentes entre si, pode-se identificar uma pessoa pela evidência deixada no local do crime a partir da comparação dos resultados obtidos pelos exames de DNA.”[1]

  Segundo um artigo escrito por Emiliano Chemello, A primeira vez que um exame de DNA serviu como prova foi no caso das duas jovens inglesas, Lynda Mann e Dawn Ashworth, que foram assaltadas, violentadas sexualmente e assassinadas na década de 1980. Como as características dos crimes eram
as mesmas, a polícia suspeitou que teria sido o mesmo homem a cometer os crimes.[1]
    Resumindo a história, a polícia prendeu o suspeito denunciado pelo exame de DNA,  que ligava o criminoso com as evidências coletadas das duas vítimas. Assim o exame de DNA ganhou fama e se disseminou pelo resto do mundo, auxiliando na resolução de crimes.
   Isto nos faz entender a base do trabalho do perito criminal que trabalha com genética forense: Ligar as evidências e vestígios, encontrados na cena do crime, ao suspeito por meio do exame de DNA. 
  A cena do crime contém vários vestígios para a análise e extração de DNA. Este, segundo Sheindlin pode ser utilizado nos seguintes casos:
  1. “DNA pode identificar e vincular suspeitos ao crime.
  2. DNA pode distinguir crimes isolados de crimes em série. Pela comparação do DNA obtido de diferentes locais de crime pode-se determinar se mais de uma pessoa está envolvida ou se a mesma pessoa cometeu os mesmos crimes;
  3. DNA pode inocentar pessoas falsamente acusadas.
  4. DNA pode identificar restos mortais de uma vítima pela comparação com DNA dos parentes biológicos ( pais, irmãos, avós, etc)
  5. DNA pode determinar a paternidade em casos cíveis.” [fragmento retirado do livro DNA Forense] [2]
O DNA carrega todas as informações da vida, os genes, que determinam a cor de nossos olhos, a cor de nosso cabelo, tipo sanguíneo, etc. Ele é formado pela ligação de nucleotídeos. Estes são constituídos por um grupo fosfato, um açúcar pentose e uma dos quatro tipos de base nitrogenada que existem. Esta e basicamente a composição química do DNA, para todos os seres humanos. [2]
  Agora, se a informação química do DNA é igual para todas as pessoas, o que permite ao perito identificar e associar uma evidência a um suspeito? Segundo Luiz Antônio Ferreira da Silva e Nicholas Soares Passos, autores do Livro DNA FORENSE “ a identificação só é possível graças ao conteúdo informacional, que é dado pela seqüência de bases”. Eles explicam que “não existem duas pessoas com a mesma seqüencia de bases no seu DNA, exceto gêmeos idênticos”.[2]
    O caso mais atual e popular em que podemos ver claramente à a utilização não só da genética forense mas também de outras áreas desta ciência foi o “caso Isabella”. A menina foi defenestrada da janela do edifício de seu pai, Alexandre Nardoni no dia 29 de março de 2008. O caso teve que teve repercussão por todo país e pelo mundo foi solucionado com a ajuda dos peritos e o pai e a madrasta da menina foram condenados.[4]

     As técnicas bem como o estudo do DNA na genética forense ainda estão em desenvolvimento. O aperfeiçoamento poderá garantir mais eficácia nas análises e conseqüentemente maior confiabilidade nas provas forenses. Os benefícios que as ciências forenses podem trazer são inúmeros: Casos aparentemente insolúveis podem ser esclarecidos e pessoas falsamente acusadas podem ser inocentadas.
   E assim, as ciências forenses vão caminhado: para elucidação dos fatos e para a concretização da Justiça.
 Termino este post com uma interessante citação que encontrei em um artigo feito pelo Profº Emiliano Chemello:
“O Teste de DNA é para a justiça como telescópio para
as estrelas. Não é uma lição de bioquímica, não uma exibição
das maravilhas reveladas por uma lente, mas um modo
de ver as coisas como elas realmente são.”
(Barry Scheck e Peter Neufeld, Actual Innocence)
Bibliografia
[1]CHEMELLO, E. Química Virtual, março (2007) <http://www.quimica.net/emiliano/artigos/2007mar_forense4.pdf> (Visitado em 25 de out de 2010)
O artigo traz informações quanto à aplicação do Exame de DNA nas análises forenses bem como um estudo do DNA em si no que se refere à estrutura. Técnicas de extração e analise do DNA também são abordados.
[2]FERREIRA, Luiz Antônio; PASSOS, Nicholas Soares. DNA Forense: Coletas de Amostras Biológicas em Locais de Crime para estudo do DNA. 2006. <http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=YCRW7yj2pjIC&oi=fnd&pg=PT8&dq=qu%C3%ADmica+forense&ots=RSFqE5YZe7&sig=ygVV2WVi9r8QfLdqfTUL0i1uRYc#v=onepage&q=qu%C3%ADmica%20forense&f=false>( acessado dia 26 de out de 2010)
O livro traz desde um estudo aprofundado do DNA desde as técnicas usadas pela polícia científica para extração do DNA nos locais de crime e sua conseqüente análise. Tem o objetivo de complementar os estudos sobre DNA forense, já que a literatura existente deste assunto em português é precária.
[3]HERNANDES, Nilson. Química Forense: A verdade por A+B. Setembro (2008). <http://www.crq4.org.br/default.php?p=informativo_mat.php&id=103>. (Consultado dia 06 de Nov de 2010)
O artigo do Per/iódico do CRQ-IV( conselho regional de química- 4º região) aborda sobre a profissão do perito criminal e como atua o perito criminal químico.
[4]Entenda o caso da morte da menina Isabella Oliveira Nardoni.Folha Online. Abril de 2008. <http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u388505.shtml> (Acessado dia 05 de Nov de 2010)
Aborda de uma maneira geral, o caso da menina Isabella. Deste link foi retirado a data do crime.
[5]REDAÇÃO BRASIL PROFISSÕES. Perito criminal. <www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/perito-criminal> ( consultado dia 04 de Nov de 2010)
Aborda sobre o que é ser um perito criminal, as características necessárias para se tornar um, a atuação do profissional e o mercado de trabalho.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Farmácia e Genética no controle do tabagismo

           A profissão farmacêutica se refere à genética em vários ramos de sua área, e a farmacogenética é uma delas. Segundo a Professora Maria Antonia Malajovich ‘’a famacogenética estuda as diferenças genéticas que permitam prever diferentes respostas a um medicamento (porque enquanto algumas pessoas reagem bem aos remédios, outras quase vão a óbito), as chances de um paciente receber a medicação adequada, na dose certa[1]’’.         
            E a farmacogenética entra na busca por diminuir o sofrimento das pessoas e por um tratamento mais rápido e eficiente, levando pesquisadores a detectarem tratamentos para doenças que possam ter origem genética, como o tabagismo.
            O tabagismo é um dos vícios mais comuns na sociedade. Apesar de saberem dos riscos a saúde que correm ao se envolverem com essa droga, muitas pessoas acabam viciadas e largar essa dependência torna-se difícil. Há quem entre nesse vício por imitação a outros, pressão de amigos na adolescência, ou por um novo motivo: descendência genética.
            ‘’Atualmente há consenso que o peso da herança genética para iniciação, uso regular de tabaco e dependência nicotínica sejam da ordem de 75%, 80% e 60%, respectivamente. Além disso, cerca de 40% a 60% das diferenças individuais na capacidade de cessação do tabagismo está vinculada a características genéticas. São todas estimativas com cifras muito altas’’, diz o Dr. Chatkin, da PUC-RS[2].
            O Professor Joab Trajano, vice-diretor do IQ, explica que ‘’vários polimorfismos genéticos, estão relacionados a fatores como: propensão ao início do tabagismo, intensidade do consumo de tabaco, grau de dependência à nicotina e tendência a recaídas’’[3]. Um exemplo de pesquisa é a do próprio Professor Joab Trajano, onde ele tenta descobrir e ter certeza de que a alta expressão do gene MAOA nos alelos está relacionada com o maior consumo de cigarros.
           
Outro exemplo de estudo, envolvendo a análise genética de fumantes, indicou que os indivíduos com o polimorfismo OPRM1 Asp40, tiveram maiores taxas de sucesso, menos sintomas de abstinência e menor ganho de peso em relação ao grupo tipo Asn40. Além disso, responderam melhor a adesivos do que à reposição de nicotina via spray. Portanto, estes indivíduos aparentemente poderiam obter resultados mais favoráveis se tratados por adesivos, nesta dosagem e por mais tempo. Este é um dos primeiros estudos mostrando interação de genótipos com apresentação de fármacos e com a dose a ser utilizada[4].
            A farmacogenética já está presente em países como os Estados Unidos e o Reino Uindo. No Brasil, havia uma rede de farmacogenética em criação desde 2002. Além do tratamento do tabagismo ela pode achar a cura para outras doenças, como a pressão arterial, a epilepsia e doenças cardiovasculares. Com o desenvolvimento desses estudos a dor das pessoas diminuíra e cada um poderá ter um tratamento ajustado para as suas necessidades.


Bibliografia/Webgrafia
- [1] A influência da genética na dependência tabágica e o papel da farmacogentética no tratamento do tabagismo. São Paulo, 2006. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-37132006000600016&lang=pt> Acesso em: 15/10/2010.
            Artigo sobre o tabagismo que vem sendo associado a poliformismos genéticos e a busca por um tratamento mais rápido e eficaz.

- [2] Farmacogenética: o medicamento certo para o paciente certo. São Paulo, 2004. Disponível
 em: <
http://www.ghente.org/temas/farmacogenomica/artigos_kurtz.htm> Acesso em: 15/10/2010.
            Entrevista com o coordenador de pesquisas do INCA, relatando sobre a farmacogenética no tratamento do tabagismo.

- [3] Fórum em revista – Genética e Tabaco. Março, 2009. Disponível em: <http://groups.google.com/group/forum-comissao-tabagismo-sbpt/web/frum-em-revista---gentica-e-tabaco-maro-09---dr-chatkin?pli=1> Acesso em: 16/10/2010.            Entrevista com um pesquisador, informando sobre a influência da genética no tabagismo e as linhas de pesquisas.
- [4] Um vício na mira da farmacogenética. Rio de Janeiro, 2007. Disponível em: <http://www.olharvital.ufrj.br/2006/index.php?id_edicao=070&codigo=2> Acesso em: 16/10/2010.
            Artigo sobre pesquisas que analisam genes e tentam descobrir a propensão das pessoas a iniciar o tabagismo.



Sugestão de link

Jogo:
- Farmacêutico precisa atender as pessoas e entregar o remédio adequado